Lila tomou um gole de café. Forte, amargo, honesto. Como precisava ser. Lá fora, a chuva, finalmente, tinha parado. Aqui dentro, ninguém ousaria dizer que o tempo abriu — mas todo mundo sentiu que o ar, ainda que pesado, estava mais respirável. E havia um certo gosto de vitória silenciosa no sorriso de Catarina e Maria, que não precisava de palavra nenhuma para ser entendido.
Lila subiu o corredor com a bandeja equilibrada entre as mãos, o coração batendo mais rápido do que deveria. Empurrou a porta devagar e, ao entrar, deu de cara com Taylor saindo do banheiro. O vapor ainda escapava por trás dele, e a toalha branca estava presa apenas pela mão firme na cintura. O cabelo molhado caía em mechas rebeldes pela testa, e as gotas de água deslizavam lentamente pelo peito largo até desapa