O vento frio entrou pela porta antes dele. Taylor surgiu no batente, chapéu pingando água, camisa colada ao corpo e botas deixando marcas de lama no piso de madeira. A respiração ainda estava acelerada, e o olhar, duro. Maurício entrou logo ao seu lado.
Maria, que estava no corredor, se virou imediatamente.
— Pelo amor de Deus, menino, entra logo e fecha essa porta! Você vai encharcar a casa toda. — Ela correu para pegar outra toalha no armário.
Catarina veio da cozinha, com o rosto carregado de irritação.
— Então é verdade? — começou, sem rodeios. — Você deixou a Lila sair sozinha, no meio de uma tempestade, montando o Diablo?!
Taylor tirou o chapéu, batendo-o contra a coxa para tirar o excesso de água.
— Eu não “deixei” nada. Ela se levantou da mesa e saiu como um touro brabo, não sabia que ela ia pegar o Diablo e sair montando.
— E o que você fez para impedir? — retrucou Catarina, dando um passo à frente. — Nada! Se o Maurício não tivesse visto, talvez ela estivesse até agora