A noite estava avançada quando Taylor Remington Miller saiu da casa dos Montgomery. O som abafado de risadas, brindes e música de fundo ainda escapava pelas frestas da porta, mas ele precisava de ar. Ar puro, longe dos talheres dourados, dos olhares calculistas, dos sorrisos falsos e... de Lila Montgomery. Ou talvez fosse justamente o contrário. Talvez ele precisasse se afastar para não fazer o que sua pele pedia com uma urgência quase animalesca: procurá-la de novo, sentir seus lábios mais uma vez, tocar sua pele como fez no jardim, com fúria e fome.
Ajeitou o chapéu de cowboy com um gesto automático, inclinando-o levemente para frente. O sorrisinho sacana ainda estava preso no canto da boca, como uma lembrança quente do que acabara de acontecer no jardim. Ele conseguia sentir o gosto do beijo. Conseguia ver o olhar