O sol já subia preguiçoso no céu quando a caminhonete preta de Taylor cortou a estrada de terra batida que levava até a pequena cidade. A poeira avermelhada subia atrás do veículo como uma nuvem viva, dançando ao sabor do vento. O motor ronronava firme, e o cheiro de gasolina misturado ao da terra seca e ao perfume distante das flores silvestres criava aquele aroma típico do interior, mistura de liberdade, trabalho e história.
No banco do passageiro, Maurício observava o caminho pela janela aberta. O vento batia no rosto, trazendo o calor do dia e o som distante de um galo insistente em algum ponto da fazenda. Ele tinha um meio sorriso no rosto, o tipo de expressão de quem está tentando esconder um segredo bonito. O coração ainda batia acelerado pelas lembranças da noite anterior, e cada vez que pensava em Catarina, no “sim” entre lágrimas e risadas, sentia o peito inflar, como se o mundo inteiro coubesse naquela lembrança.
Taylor, ao volante, dirigia com uma mão só, a outra apoiada n