Catarina fechou a porta atrás de si, encostando-se levemente à madeira antes de se virar para a cunhada. O quarto de hóspedes estava iluminado por uma luz dourada que atravessava a cortina fina, criando manchas quentes sobre o chão de madeira. O ar cheirava a lavanda misturada com o perfume de Lila, um contraste doce para a tensão que pairava entre as duas.
Lila, por sua vez, andava de um lado para o outro, com os dedos nervosos mexendo na barra do vestido creme. O coração batia rápido demais, a boca estava seca, e cada tentativa de começar a falar morria antes mesmo de formar uma frase. Catarina sentou-se primeiro, batendo de leve na cama ao lado, convidando-a a se sentar.
— Ok… agora me conta. — disse, cruzando os braços e inclinando o corpo para frente, a encarando atentamente. — O que tá acontecendo?
Lila respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos como se procurasse coragem dentro de si. Os olhos azuis marejaram, mas ela tentou manter o tom firme:
— Cata… eu… eu preciso te con