O sol da manhã filtrava-se delicadamente pelas cortinas da cozinha, tingindo o ambiente com um dourado acolhedor. A mesa, como em todas as manhãs na fazenda Sun Valley, era um espetáculo digno de capa de revista. Tinha de tudo: sucos coloridos em jarras de vidro, frutas frescas cortadas com precisão quase artística, uma travessa de pão de milho ainda soltando vapor, queijo meia-cura derretido sobre o pão de forno recém-saído da chapa, ovos mexidos com manteiga da fazenda, bolos altos e macios, café forte e aromático em garrafas térmicas. Havia também uma tigela de iogurte com mel ao lado de uma travessa de granola caseira, detalhe de Catarina, é claro e flores do jardim recém-colhidas por Maria, que fazia questão de espalhar beleza até nas coisas mais simples.
O cheiro de café recém-passado misturado ao doce tostado do milho e ao perfume de lavanda vindo da roupa de mesa criava uma aura tão maternal, tão plena, que era impossível entrar naquela cozinha sem sentir o coração aquecido.
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