O sol da manhã invadia a sala de jantar, banhando a mesa posta com um tom dourado. Henrique, impecavelmente vestido em um terno escuro, sentou-se à cabeceira, a xícara de café fumegante em sua mão. Esperava, com uma impaciência mal disfarçada, que Bárbara descesse para o café da manhã. A cada minuto que passava, sua irritação crescia. Queria confrontá-la, deixar claro mais uma vez os termos do seu acordo silencioso. Mas Bárbara não apareceu.
Henrique terminou o café, a impaciência dando lugar a uma vaga curiosidade. Chamou Carla aos gritos de impaciência.
— Onde está Bárbara? — perguntou, a voz ríspida.
Carla, com a habitual serenidade, respondeu: — A Senhora Mancini saiu cedo, Senhor Henrique.
— Saiu? Para onde?
— Para o trabalho, Senhor. Ela pediu que eu lhe informasse que já havia saído, mas infelizmente me esqueci....Peço perdão senhor Mancini.
Henrique franziu a testa, surpreso e irritado.. Ele pensou que Bárbara havia deixado o trabalho, e não imaginava muito menos