Pietro
O trajeto foi um borrão. Tudo o que conseguia pensar era em Irina.
Em como ela dominava cada espaço que ocupava. Em como sua presença era impossível de ignorar. Em como ela me fazia sentir coisas que eu não sabia como lidar e agora parecia ainda mais presente desde o instante em que Edward me fez notar o que eu sentia por ela.
A frase ecoava na minha mente como um mantra, ao mesmo tempo esclarecendo e complicando tudo.
Quando finalmente avistei os portões da mansão, respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.
“Vai ficar tudo bem”, pensei, mas não tinha certeza se acreditava nisso.
Os seguranças olharam na minha direção quando o carro parou e eu desci, mas ninguém ousou dizer nada enquanto eu subia os degraus com passos firmes.
Dentro da casa, o silêncio era quase absoluto, interrompido apenas pelo som distante do relógio no corredor.
Eu sabia exatamente onde queria ir.
Subi os degraus às pressas e quando cheguei à porta do quarto de Irina, parei por um momento, tentand