Assim que chega à sala de jantar, Ava mal tem tempo de respirar. Pois já é recebida direto por uma pergunta:
— Onde está o Hector? — Seus pais indagam em uníssono, ao vê-la surgir com a expressão visivelmente desconcertada.
Ela tenta disfarçar. Endireita os ombros, passa as mãos suavemente pelos cabelos e busca recuperar a compostura. Mas sabia que ainda havia traços do que quase aconteceu minutos atrás. O calor na pele, o leve rubor nas bochechas e o jeito como ele conduzia as coisas.
— Ele está tentando tirar a mancha de sangue da camisa — responde firmemente, mas com um toque de reprovação que não passa despercebido. Em seguida, lança um olhar direto para o irmão, que permanecia calado, com o rosto fechado e os olhos levemente inchados.
O silêncio da mesa pesa por um segundo.
— Eu não gostei do que você fez, David — continua ela, sem baixar o tom. — Por mais que vocês não aceitem, ele é o meu marido.
David aperta os punhos sobre a mesa, mas não responde. Apenas desvia o olhar, visi