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Por um instante, Hector fecha os olhos, saboreando o gosto da vitória como um bom vinho. Um sorriso de satisfação curva seus lábios, ao sentir que a sua melhor fase estava prestes a chegar.Notando o silêncio de Hector do outro lado da linha, Ava decide acrescentar:— Mas preciso deixar claro que tenho algumas condições… — acrescenta.— É claro que teria — Hector ironiza.— No entanto, te direi quais são pessoalmente — conclui, antes de desligar.Assim que a ligação se encerra, Hector permanece alguns segundos em silêncio, olhando para o visor do celular, descrente da ligação que acabou de receber.Então, com um estalo de realidade, ele volta o olhar para Kelly, que continua no veículo, esperando ansiosa para saírem dali.Sem um pingo de delicadeza, Hector diz:— Sai do carro.Kelly arregala os olhos, sem entender.— O quê? — pergunta, indignada.— É isso que você acabou de ouvir — repete com um sorriso frio. — Saia do meu carro.— Mas íamos nos divertir um pouco — ela protesta.— Voc
Mesmo que quisesse ignorar, Ava sente o olhar de Hector sobre o seu corpo, analisando cada movimento que ela faz na água… embora soubesse que não deveria, seu corpo parecia ganhar vida respondendo àquela presença.Com os pés mergulhados na piscina, Hector não parecia ter pressa de sair dali. Apenas a observa. Por mais que a água estivesse bem quente, o frio do lado de fora parecia castigar.— Está com frio? — ele pergunta, com a voz mais rouca do que deveria.— Não — responde ela num sussurro, passando uma das mãos pelo pescoço, como se tentasse afastar o calor que não vinha da água. — A água está na temperatura ideal que me faz pensar em ficar aqui por um bom tempo.Por alguns instantes, apenas o som da água se movendo entre eles preenche o espaço. Hector dobra o corpo para frente, aproximando o rosto do dela.— Quer companhia? — pergunta. Seu timbre grave e a proximidade quase tiram o fôlego de Ava.Ela engole em seco, lutando contra o impulso de dizer “sim”. Lutando contra si mesma
— Não precisa ter medo, Ava — ele murmura. — Afinal, você precisa conhecer o seu futuro marido.O coração dela martela no peito, espalhando um calor desconfortável por todo o corpo.— Você está se aproveitando — ela sussurra, com a respiração descompassada, tentando manter a cabeça erguida.Sorrindo de lado, ele toma a iniciativa e toca a sua cintura fina.— Estou apenas lembrando quem você será em breve — retruca, cravando os dedos na pele dela. — Além dos benefícios financeiros que teremos, não podemos ignorar que também podemos nos divertir. — Ele faz uma pausa, com o olhar cravado nela. — Seria impossível negar o quanto você me provoca… e o quanto desejo explorar cada detalhe seu.Ava fecha os olhos por um instante, lutando contra a vontade absurda de se inclinar para ele. Quando os abre novamente, vê que o olhar intenso de Hector continua cravado no seu, como se pudesse enxergar além de todas as suas barreiras.— Você pode me odiar, pode me desprezar… — ele continua, com a voz ro
No quarto, já seca e vestida com uma roupa confortável, Ava fica diante do espelho e usa uma toalha para secar seu cabelo molhado.Enquanto faz isso, seus olhos se desviam para a mesa de cabeceira, onde repousava um pedaço de papel meio amassado, onde havia escrito algumas condições para aquele casamento acontecer. Ela franze o cenho e, ainda esfregando a toalha nos fios úmidos, pega o papel para reler.Ela passa os olhos pela lista, mas trava na primeira linha: “Sem contato físico.”Bufando alto, revira os olhos.— Parabéns para mim — murmura, jogando o papel de volta na mesa.Havia acabado de quebrar a primeira regra, que ela mesma havia criado — e da maneira mais escandalosa possível.Frustrada consigo mesma, termina de secar o cabelo com um pouco mais de força do que o necessário e joga a toalha de lado. Depois, senta-se na beira da cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos, enterrando o rosto nas mãos.Mesmo depois do banho, o cheiro de Hector ainda parecia grudado nela, como s
Sentindo ainda o efeito do sonho perturbador com Hector, Ava só consegue adormecer quando o céu já começa a clarear. Às oito da manhã, a porta do quarto se abre devagar e Doris entra com uma bandeja de café da manhã nas mãos. Ao ver que Ava ainda dorme, se surpreende. Ela raramente ficava na cama até tão tarde.Preocupada, Doris se aproxima e toca a testa dela com a palma da mão, checando se havia febre. A pele de Ava, porém, está morna e normal. No entanto, ao sentir o toque, Ava se remexe, abrindo os olhos lentamente, confusa, até se dar conta de onde está.— Bom dia, Ava — Doris a cumprimenta com um sorriso gentil.— Bom dia, Doris — ela responde, com a voz ainda arrastada de sono.— Não queria te acordar, mas estranhei você ainda estar dormindo a essa hora.Ava se espreguiça devagar e suspira.— É que não consegui dormir à noite — admite, esfregando os olhos.— Ah, não? — Doris pergunta, agora com a expressão cheia de preocupação. — Aconteceu alguma coisa?— Não, não aconteceu nad
Após ouvir todo o desabafo de Doris, Ava sente um aperto no peito. Uma pontada de culpa a atravessa ao se dar conta de que, nas últimas semanas, havia sido dura demais com aquela mulher, alguém que, no fundo, só estava tentando sobreviver a um passado que ainda sangrava por dentro.Quando Doris sai do quarto, com passos silenciosos e a cabeça baixa, Ava fica ali, olhando para a porta fechada.E, sem pensar duas vezes, faz uma promessa silenciosa a si mesma: não vou usar essa dor contra ela. Nunca.Doris merecia, ao menos, esse respeito.Determinada a limpar a cabeça, Ava se levanta, veste um casaco leve, calça um par de tênis e desce para o jardim. O ar fresco do lado de fora a envolve como um abraço suave. Respirando fundo, deixa que a brisa leve apague um pouco a confusão de sentimentos que ainda corre dentro dela.A casa de Hector fica próxima à praia e, de onde está, ela consegue sentir o cheiro do mar misturado ao perfume das flores que cercam o jardim. Sentia uma vontade enorme
O silêncio que se instala entre eles pesa mais do que qualquer resposta.Mas Ava mantém o queixo erguido, tentando se agarrar à firmeza que lhe resta, mas o olhar de Hector, tão certo, tão desafiador, a desnorteia mais do que gostaria de admitir.Ele se aproxima mais, como se desafiasse os limites que ela mesma impôs.— Acho que não vai ser tão fácil quanto você imagina — murmura, com a mesma voz rouca que usou à noite quando estavam na piscina.Mas Ava não se move. Não recua.— O que quero ou deixo de querer, não diz respeito a você — rebate ela, com a voz fria e firme, mesmo que seu coração bata descompassado no peito. — Não quero me distrair com os seus joguinhos, Hector Moreau — dispara, cortante. — Só estou aceitando esse casamento porque preciso da sua ajuda — ela continua, sem lhe dar espaço para interromper — e você me prometeu que me ajudaria com o meu ex-noivo.Fingindo pensar por um instante, Hector passa a mão pelos cabelos desagradavelmente, como se estivesse ponderando a
Respirando fundo, Ava tenta manter a calma que ameaçava se desfazer a cada batida do coração.Então, sem rodeios, decide perguntar:— O que exatamente ele queria?Com a expressão tranquila — tranquila até demais para o gosto dela, Hector responde:— Ele me perguntou sobre o que eu queria dizer… quando nos encontramos no seu velório — responde.Sentindo um arrepio subir pelas costas, ela questiona:— E o que você disse a ele? — pergunta.Sorrindo de leve, ele diz com um tom casual:— Uma frase bíblica.A testa de Ava se franze imediatamente, sem entender onde aquilo se encaixava. O que ele queria dizer com isso? Que tipo de joguinho era esse?Hector observa a confusão nos olhos dela e o sorriso em seus lábios se alarga, claramente se divertindo com a situação.— Vai começar a pregar agora também?Passando a mão devagar pela barba bem feita, Hector sorri da ironia dela.— Eu só queria consolá-lo de alguma forma — zomba.— Com uma frase bíblica? Me diga que frase foi essa? — pergunta, te