Ava sente uma agitação interna crescente, e esse sentimento se intensifica a cada minuto na presença de Charlotte. As perguntas se acumulam dentro dela, que queria muito alguém que a ajudasse naqueles questionamentos.
— Eu não vejo a sua família há muito tempo, Ava. — Charlotte tenta manter a voz neutra enquanto responde.
— Mas você tem ao menos o contato deles? — insiste, esperançosa.
— Não, eu nunca fui próxima de sua família. — A mentira escorrega fácil de sua boca, mas o peso dela parece ficar no ar.
— Então, como você me conhece? — A curiosidade de Ava não encontra limites.
Hesitando, Charlotte busca uma desculpa razoável.
— Eu trabalhei como faxineira na faculdade onde seu pai estudou. Com a convivência, acabei me tornando uma conhecida. Alguns anos depois, eu vi o seu pai com você no colo e, por educação, ele me apresentou você.
Processando a resposta, Ava fica claramente frustrada. Esperava mais, algo que a conectasse ao passado ou lhe causasse um fluxo de memória. Sem mais pe