Seu coração erra uma batida. “Reparar o mal”? Isso parecia pouco — ou muito — dependendo do que ainda estava por vir.
— Então é isso? — Pergunta, sem ainda entender.
O segundo advogado, mais jovem, intervém com delicadeza:
— Senhora… há também uma carta pessoal. Ele nos pediu que deixássemos com a senhora. Está no fundo do envelope.
Seu coração dispara de novo.
Ela alcança o envelope e retira um envelope menor, escrito à mão. O nome dela está ali, no meio da folha. Simples, direto. “Ava”.
— Podem me dar um minuto a sós?
Os advogados trocam olhares rápidos e assentem, recolhendo suas pastas.
— Claro. Estaremos aguardando lá fora.
Assim que a porta se fecha, ela permanece sozinha na sala. Encara a carta por um longo instante. Sabe que, ao abri-la, não haverá mais volta. Seja o que for, a verdade está ali dentro.
Sem mais demoras, começa a ler.
Ava…
Se você está lendo esta carta, é porque finalmente fiz o que deveria ter feito desde o início. Sei que sequer mereço sua atenção. Mas você m