A tarde caía com uma brisa leve, carregando o cheiro da terra e da floresta que cercava a casa. Nos fundos, a varanda de madeira havia se transformado num improvisado campo de treino. Tânia observava com olhos atentos, enquanto Camélia caminhava pelo espaço como se já estivesse em meio à assembleia — os ombros retos, o olhar firme, a presença marcante.
— Mais uma vez — Tânia orientou, a voz calma, mas firme. — Você entra na sala, os líderes te encaram. Kael acabou de se pronunciar e agora todos esperam você. O que faz?
Camélia inspirou fundo, deu um passo à frente com a calma de quem conhecia o próprio valor. A postura dela era natural, e ainda assim poderosa.
— A liderança se faz em aliança. Eu estou aqui para sustentar, não para silenciar. E se pretendem atacar o Alfa Supremo, terão que olhar para mim primeiro.
Tânia mordeu o canto da boca, satisfeita, mas acrescentou:
— Melhora a pausa antes da resposta. Às vezes, o silêncio é a voz mais alta da sala.
Camélia assentiu com um sorris