Por um instante, o som das buzinas e o burburinho da multidão desapareceram. Era como se o tempo tivesse desacelerado, deixando apenas ela, o vento e aquele homem que caminhava despreocupado pela rua, como se estivesse conhecendo o lugar.
De repente, o semáforo para pedestres ficou verde, e as pessoas começaram a atravessar apressadas de um lado para o outro. A multidão acabou tapando sua visão, e Catarina o perdeu de vista. Percebendo que estava parada no meio da calçada e atrapalhando a passagem, ela começou a caminhar pela passarela, ainda atordoada, procurando Henri com os olhos. Mesmo depois de chegar à calçada de onde o havia visto, não conseguiu encontrá-lo em lugar algum.
— Moça! — Uma voz chamou atrás dela.
Ela se virou e viu um homem alto, de porte elegante, observando-a com interesse.
— Sim? — respondeu, ainda distraída.
— Você está vendendo docinhos, não é?
— Ah, claro! — disse, abrindo o isopor e mostrando as opções. — Tenho esses aqui.
— Quero dois desses — disse ele, ap