Enquanto observava a moça parada à sua frente, os pensamentos de Tom fervilhavam. Ele tentava manter a postura profissional, mas era impossível disfarçar o fascínio que sentia. Catarina tinha algo que o desarmava completamente, não era apenas a beleza evidente, mas o jeito reprimido, a mistura de timidez e vontade no olhar.
Ela estava ali, diante dele, com as mãos unidas à frente do corpo e o semblante sereno, mas Tom mal conseguia se concentrar nas palavras que ela dizia. Seus olhos se prendiam nos dela — verdes como esmeraldas sob a luz da manhã — e em cada detalhe do rosto delicado, emoldurado por aquele cabelo ruivo que parecia brilhar com o sol que entrava pela janela.
Era raro encontrar uma ruiva natural tão linda, e vê-la ali, disposta a conversar, despertava nele algo que ia além do interesse profissional. Tom sabia, naquele instante, que não poderia simplesmente deixá-la ir embora de novo.
Enquanto ela falava sobre o desejo de conseguir uma segunda chance, ele apenas a escuta