Quando a família Caetano se despediu deles, Eloá dirigiu-se ao quarto para se arrumar para a viagem à capital com a mãe. Pelo corredor, deparou-se com Elisa saindo do próprio quarto.
A irmã lhe encarou por alguns segundos, mas permaneceu em silêncio. Eloá respirou fundo e decidiu tomar a iniciativa.
— Bom dia.
— Bom dia — respondeu Elisa, num tom contido, revelando seu desconforto.
— Será que podemos conversar um pouco? — perguntou Eloá, cautelosa.
— Estou ocupada agora — disse Elisa, começando a caminhar pelo corredor, evitando o olhar da irmã.
— Por favor, Elisa… sei que está brava comigo, mas tive meus motivos.
Elisa parou por um instante, sem se virar.
— Sei que teve… — murmurou. — Mas isso não muda o fato de que você não confiou em mim.
— Eu estava com vergonha de te contar o que aconteceu — Eloá explicou, com a voz trêmula.
— Desde quando houve esse sentimento entre a gente, hein? — disse, finalmente se virando. O olhar furioso encontrava o dela. — Sempre compartilhamos tudo, de