No caminho para o canavial, Denise e Saulo riam ao lembrar a primeira vez que se viram.
— Não acredito que chamaram homens para me procurar. — Denise gargalhava.
— Fiquei preocupado demais, esse canavial tem quilômetros de extensão.
— Você achou que eu tinha algum problema de cabeça é?
— Para ser bem sincero, até hoje acho. — Dessa vez, foi Saulo que gargalhou, vendo que Denise fez uma cara nada boa. — Estou brincando, fiquei preocupado porque você saiu sem direção e sem me escutar, me sentiria culpado se acontecesse algo com você.
— Você seria culpado mesmo, aliás, por sua culpa machuquei meus pés.
— Então a pomada para frieira é para isso? — Riu, desligando o carro, pois haviam chegado num ponto específico, que só daria para ir caminhando, já que era próximo ao rio.
— Eu não comprei pomada, engraçadinho, comprei isso aqui. — Denise tirou o hidratante labial da bolsa, aproveitou que o carro estava parado, usou o espelho do quebra-sol para passar o hidratante de morango nos lábios.
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