Alex
Seria o meu crime amar Sean? Essa pergunta ecoa como um mantra torturante dentro da minha mente.
Eu, que sempre calculei cada passo, que sempre observei à distância, sem ser notada. Fui ocupando espaço em sua vida sem que ele percebesse, e agora já estou aqui, enraizada.
Eu, que transformei minha vida em um tabuleiro e cada movimento em estratégia… agora me vejo dominada por um sentimento que não deveria existir.
Na banheira, ele me mostrou um lado que nunca imaginei. Não o CEO implacável, nem o homem que me beija com a fúria de um incêndio. Ali, Sean era só ele. Um ser humano rendido, apaixonado, pedindo apenas que eu respirasse, prometendo me amar sem me possuir.
Mas o toque dele me queimava, cada carícia suave transformava-se em labareda sob a minha pele. Eu lutava contra o instinto de me render, de ceder ao desejo que latejava em mim como um tambor incessante. E, ao mesmo tempo, engolia o orgulho e a raiva que carrego tatuados na alma.
Calma, Alexandra. Calma… daqui a pouco t