Alex
O dia foi longo, confissões a beira mar, mensagem da Ângela puxando mais a minha cólera e a maldita foto daquela bronzeada radioativa. Que final de semana.
Camila me convence a ir a uma boate, e me vi entregue a energia da noite me sacode inteira.
As luzes da boate pulsam como se tivessem coração próprio, e é impossível não sentir o ritmo atravessando minha pele.
O vestido branco — curto, fino, quase indecente — abraça meu corpo com um tipo de insolência que eu não tinha antes.
Talvez seja o bronzeado.
Talvez seja a música.
Talvez… hormônios.
Ou o simples fato de que eu quero enlouquecer aquele homem sentado no bar, até o fim da noite, ele é meu e vai esquecer a noite anterior.
Camila ri ao meu lado e me puxa para a pista, Bruno se dirige ao bar ao lado do lobo que me observa em silêncio.
Quando a luz neon cai sobre mim, sinto como se a noite tivesse me escolhido.
Eu fecho os olhos.
A música entra.
O corpo responde.
Quadris no ritmo, cabelo nas mãos, boca mordida por puro reflexo