Sean
Ficamos um tempo apenas nos absorvendo, em silêncio.
As mãos entrelaçadas, o ar morno entre nós. O mundo parece pequeno demais para caber tudo o que sinto.
Olho para nossos dedos e imagino o anel — a pedra de água-marinha no dedo dela. A imagem me atravessa com uma ternura quase dolorosa.
Beijo o topo de sua mão.
— Alex… nunca duvide do quanto eu te amo. Tudo o que fazemos, o que vivemos aqui, é só o reflexo do que sinto por você.
Sua cabeça repousa no meu peito. A respiração dela se mistura à minha. Um longo silêncio se alonga entre nós — aquele tipo que carrega promessas, confissões e fantasmas não ditos.
— Eu te amo, Sean — ela diz por fim, a voz suave, ainda rouca. — Me sinto perdida nesse oceano escuro dos seus olhos… e, ao mesmo tempo, é o meu porto seguro. Por você, me deixo ser impulsiva. E você sabe o quanto isso é raro em mim.
Sorrio, roçando os dedos em seus cabelos.
— Eu sei, meu amor. Estamos construindo nossa história. Logo tudo vai se encaixar. Só confia em mim.
—