Alex
No meio da noite, meus olhos se abriram preguiçosos e o vi dormir.
Seus cabelos negros caíam sobre o rosto, e uma pergunta martelava em minha mente:
E se ele descobrir tudo… será que ainda vai me amar?
Sem perceber, caí nas garras do meu CEO — e, segundo o script de Ângela, deveria ser o contrário.
Aconcheguei-me sobre o peito dele e adormeci, fingindo que o mundo lá fora não existia.
Acordei com um som e um cheiro: café.
Não o aroma genérico de máquina, mas o quente, tostado, com um fio de baunilha — como se tivesse sido feito só para mim.
Abri os olhos devagar e vi Sean, a meio caminho entre a cozinha e a cama, segurando uma bandeja como se fosse um troféu.
O cabelo desalinhado, a camisa amassada e o infame moletom cinza pendendo dos quadris — suspirei fundo — absolutamente perfeito na desordem.
O mundo inteiro cabia naquele sorriso torto quando ele me viu despertar.
Fiquei ali, enrolada nos lençóis, pequena e óbvia, tomada por um prazer egoísta: o de quem foi alvo de luxúria e