Alex
Sean dirigia freneticamente pelas ruas, nunca o tinha visto tão apressado para chegar em casa. O vento do carro abria pequenas cortinas de liberdade entre nós, mas não o suficiente para dissipar o calor que ele emanava. No sinal vermelho, uma de suas mãos saiu do volante sem aviso. Sem rodeios, deslizou para minha coxa, apertando a pele com firmeza, mas deixando espaço para provocação. Ele olhou para mim apenas sorrindo — aquele sorriso que fazia tudo dentro de mim estremecer.
A música tocava no sistema do carro esportivo, cada nota parecia ressoar direto nos meus sentidos. Eu sabia que aquele carro, antes abandonado na garagem — tocado pela segura SUV — impecável e silencioso, era o último resquício do antigo Sean, mas podia conviver com isso, até adorava. E amava, secretamente, que ele ainda fosse capaz de me incendiar assim.
Cantarolando baixinho “Imbranato”:
— All’idea di averti accanto;
— E sentirmi tuo soltanto;
— E sono qui che parlo emozionato;
— E sono un imbranato!
— E