Sean Black
Eu senti a mão de Alex tocar a minha brevemente enquanto caminhávamos pelo corredor luxuoso do Grupo Black. Ela parecia calma, mas eu percebi uma tensão sutil em seus ombros. Minha conversa com ela antes de entrar na sala de reuniões havia sido clara: Sebastian era um predador. Sempre foi. Desde a faculdade, onde estudamos na mesma instituição em São Paulo — ele cursava Direito no último ano e eu era um calouro de Economia —, aquele sorriso torto e os olhos azuis gélidos me irritavam. Ele era o tipo de homem que via tudo como um jogo, e o prêmio, no momento, era o contrato Morcelli e, para ele, talvez a chance de desestabilizar meu universo.
A sala de reuniões era imponente, como sempre. Grandes janelas com vista para a orla de Itajaí, uma mesa de madeira maciça que parecia absorver qualquer som desnecessário. Bruno já estava lá, organizando alguns papéis com sua habitual eficiência, com um sorriso quase imperceptível. Mas meus olhos foram direto para ele: Sebastian.
Ele es