Liam Black
Comecei a trabalhar na fazenda com uma dedicação fervorosa. Não era o trabalho braçal do porto, mas a administração, a logística, a negociação. Eu absorvia cada detalhe da dinâmica do negócio do café, identificando ineficiências, oportunidades de expansão. Fernando, cada vez mais relaxado, delegava tarefas importantes, impressionado com minha capacidade de aprendizado e minha proatividade.
A fazenda, com seus cafezais que se estendiam até o horizonte, tornou-se meu novo laboratório. E Magnólia, minha principal experiência. Ela era, de fato, extremamente inteligente, com uma paixão por matemática e física que a mãe desincentivava, defendendo a ideia de que o dever sagrado feminino era ser dona de casa e procriar.
Passavam horas juntos. Oficialmente, ela me ensinava português, e eu a ensinava inglês e boas maneiras. Mas, escondido em meu quarto, eu lia os livros de física, química e matemática do segundo grau dela. Eu estudava com ela sob a desculpa de prepará-la para o vesti