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Capítulo VI: Água salgada é o tempero que faltava

A conversa flui no bar, permeada por olhares intensos, sorrisos discretos e uma tensão palpável entre eles. A música lounge cria uma trilha sonora para esse encontro inesperado, onde a atração mútua se torna cada vez mais evidente. Alexandra tenta manter uma certa distância emocional, lembrando-se constantemente de suas reservas em relação a Sean e a sua reputação, mas a cada troca, sente as defesas ruírem. O cheiro do perfume floral e leve de Alexandra se mistura sutilmente com o aroma amadeirado do drink de Sean, criando uma atmosfera cada vez mais íntima.

Depois de mais alguns drinks e conversas animadas, o grupo de amigos de Alexandra começou a se dispersar, um a um. Sean e Alexandra se viram sozinhos novamente, envolvidos em um diálogo que parecia não ter fim, uma bolha particular que se formava em meio ao barulho. A música do bar já havia se tornado um murmúrio distante.

Sean: A noite está linda. Que tal uma caminhada na praia antes de irmos? O som das ondas pode ser um bom antídoto para o barulho lá dentro.

Alexandra hesitou por um breve instante, considerando a proposta. A ideia de passar mais tempo com Sean, a sós, era tentadora e um pouco assustadora ao mesmo tempo. Uma parte dela ansiava por mais, por mergulhar no desconhecido que ele representava, mas outra parte gritava para que ela mantivesse a cautela.

Alexandra: Acho que seria bom tomar um ar fresco. O ar do bar está um pouco pesado.

Eles se levantaram e deixaram o bar, caminhando juntos pela orla em direção à praia. A brisa do mar era suave e fresca, e o som das ondas quebrando na areia criava uma melodia relaxante. A lua crescente lançava um brilho prateado sobre a água, iluminando o caminho.

Sean tirou o paletó e o dobrou sobre o braço, um gesto que revelava a musculatura de seus braços e ombros, mesmo na penumbra. Alexandra estava um pouco mais à frente, caminhando descalça na areia úmida, a areia fria entre os dedos, sentindo-se estranhamente livre. Ele observava a forma como ela se movia, a leveza de seus passos, a silhueta graciosa do vestido preto contra a luz da lua.

Sean: Está com frio? Posso te emprestar meu paletó.

Alexandra sentiu o cheiro dele, a mistura intrigante de especiarias e algo mais, algo único do "Diabo". Era um aroma que a fazia querer se aproximar, sentir o calor do corpo dele. "Eu não resistiria sentir o cheiro do Diabo tão perto de mim, Sr. Black," ela pensou, um sorriso maroto surgindo em seus lábios, uma batalha interna que seu corpo parecia travar com a razão. "Como o senhor j**a baixo." Ela riu baixinho do seu próprio pensamento, um som suave que o vento quase levou, mas que Sean, com sua sagacidade aguçada, não deixou passar.

Parando em frente a ela, Sean a olhou com aqueles olhos negros e profundos. Havia um brilho de desafio e diversão em seu olhar. "Queria tanto saber o motivo desses seus risinhos, Alexandra," ele disse, a voz suave, um convite. "Daria uma fortuna por esses pensamentos." Ele estendeu o dedo suavemente e tocou a testa dela, um toque que enviou um arrepio pelo corpo de Alexandra.

Alexandra decidiu entrar na dança, a sua própria que ela mesma criou, se manifestando. "Nem que você vendesse a sua empresa conseguiria entrar, na verdade," ela sussurrou, chegando bem perto do ouvido dele, a voz baixa, quase um ronronar. O cheiro dele a envolvia, quente e inebriante. "O que você vê," ela continuou, sua voz um fio sedutor, "é só um deslumbre daquilo que você acha que é. O resto... ah, o resto está guardado." Ela se afastou um passo, quebrando a proximidade física, mas mantendo o olhar frio e desafiador em seus olhos. Seu sorriso se ampliou, não era mais tímido, mas carregava a certeza de que ela o havia atingido.

Sean ficou sem reação. Pela primeira vez em dois longos anos de conquistas e jogos de sedução, ele estava sem palavras, sua expressão de surpresa genuína. A mulher à sua frente não era uma presa fácil; ela era um espanto. Seu olhar, antes tão transparente para ele, agora era um mistério impenetrável. Um arrepio percorreu seu corpo. Ele sentiu o chão sumir sob os pés.

Eles caminharam em silêncio por alguns minutos, apenas o som das ondas preenchendo o espaço entre eles. Era um silêncio diferente, não mais confortável, mas carregado de uma eletricidade palpável, de uma nova tensão. Sean sentia o impacto da resposta dela, a imagem de Alexandra, a "presa" que ele achava que entendia, agora como um enigma. Alexandra, por sua vez, sentia a vitória de ter desestabilizado a confiança dele, mas o desejo por aquele "Diabo" apenas crescia.

Sean: Você parece pensativa.

Alexandra: Estava apenas pensando em como a noite passou rápido.

Sean: Para mim também. Conversar com você é... fácil. Ele se aproximou um pouco mais, e seus ombros quase se roçaram. Alexandra sentiu um arrepio percorrer seu corpo, uma corrente de calor que a impulsionava para ele.

Alexandra: Você também é um bom ouvinte.

Eles pararam à beira-mar, observando as ondas quebrando na areia. A lua refletia na água, criando um caminho cintilante sobre as águas escuras. O ar, antes frio, parecia aquecer com a proximidade dos dois.

Sean: Sabe, Alexandra, desde que te conheci... há algo em você que me intriga. Algo que vai além da profissional brilhante que todos veem na empresa.

Ele se virou para ela, e seus olhos se encontraram no brilho da lua. Havia uma intensidade silenciosa em seu olhar que a fez prender a respiração, sentindo o coração martelar no peito.

Alexandra: Intrigar como?

Sean: De uma forma boa. Você tem uma profundidade... um mistério... Ele hesitou por um instante, como se estivesse ponderando suas palavras, a voz rouca. "Que me atrai."

O silêncio voltou a pairar entre eles, agora carregado de uma eletricidade palpável, como se o ar estivesse vibrando. Alexandra sentia o olhar de Sean sobre ela, intenso e curioso, o peso do desejo dele sobre ela. Ela desviou o olhar para o mar, tentando acalmar o turbilhão de emoções que a invadia.

Alexandra: Você diz coisas interessantes, Sean.

Sean: Apenas digo o que sinto. E sinto que há uma conexão entre nós, Alexandra. Algo que não podemos ignorar.

Ele deu um passo mais perto, e a mão dele roçou levemente a dela. Foi um toque breve, quase acidental, mas o suficiente para enviar ondas de calor pelo seu braço e fazê-la estremecer. Nenhum dos dois se afastou.

Sean: Podemos ignorar?

Ele esperou pela resposta dela, o olhar fixo em seus olhos, a brisa do mar sussurrando segredos ao redor deles. Alexandra olhou para ele, dividida entre a atração inegável e a cautela que a razão lhe impunha. Seus sentimentos por Sean eram implícitos, uma correnteza forte que ela tentava controlar, mas que agora ameaçava transbordar. Seus olhos castanhos, com as nuances avermelhadas de desejo, cintilavam na penumbra da noite, enquanto ela pensava que era impossível resistir e inútil lutar contra aquele homem tão envolvente, sedutor e diabólico.

E naquele momento de entrega e sedução, a água salgada do mar pareceu invadir seus sentidos, tornando-se o tempero que faltava para a história deles. O som das ondas quebrando na areia, a brisa fria do oceano, o cheiro de maresia... tudo se misturava à intensidade do desejo que os consumia.

Os olhos de Sean encontraram os de Alexandra novamente, e ele não esperou mais. Inclinou-se, e seus lábios encontraram os dela. Foi um beijo que começou lento, uma exploração suave que rapidamente se transformou em uma urgência avassaladora, faminta por aquele contato. Os lábios de Sean eram macios e firmes, e o beijo transmitia um desejo que ela sentia até os ossos. Alexandra, inicialmente hesitante, se viu completamente envolvida pela intensidade do momento, seus próprios sentimentos, até então reprimidos, vindo à tona como uma torrente.

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