Poucos minutos depois, Sean se aproximou do grupo de Alexandra. Sua presença imponente já se fazia sentir antes mesmo de ele chegar à mesa. Um sorriso charmoso, mas ainda assim reservado, estava em seu rosto.

Sean: Boa noite, Alexandra. Que surpresa agradável a encontrar aqui – e claro para ele não é tão surpreendente assim, tudo foi milimetricamente pensado e analisado.

Alexandra (tentando disfarçar a surpresa e o leve nervosismo): Sean! Boa noite. Não sabia que você frequentava este lugar.

Sean: Gosto da atmosfera. E a companhia parece ótima. Ele direcionou um olhar rápido e charmoso para as amigas de Alexandra, demorando-se um pouco mais em Camila, que retribuiu o sorriso com uma piscadela cúmplice. "Posso me juntar a vocês por um instante? Ou a 'bruxa' aqui já te contou que eu sei onde encontrar os melhores lugares e as melhores companhias?" ele sim ele escutou o divertido comentário e tirou um sarro, se divertido com Camila, mas a intensidade dos olhos fixos em Alexandra.

Camila (com um riso leve e descontraído): "Ora, Sean Black! Minha intuição de amiga perspicaz nunca falha, você sabe. Mas admito, seu radar está afiado hoje. A gente só estava comentando o quanto este lugar... carecia da sua presença imponente, não é, Alex?" Ela cutucou Alexandra com o cotovelo, um convite para entrar na brincadeira, mas seus olhos, de um verde esmeralda que via além da superfície, observavam a reação de Sean com interesse.

Alexandra (sentindo o coração acelerar com a troca de farpas, mas forçando um sorriso): "Claro, Sean. Fique à vontade." Ela se viu dividida. Uma parte dela queria manter a distância, lembrar-se de sua cautela e da reputação de Sean. Mas a outra parte, aquela que sentiu o impacto daquele breve contato visual e da intensidade de sua presença, estava curiosa para descobrir mais sobre esse homem que se apresenta de uma forma tão diferente fora do ambiente de trabalho, e que parecia desafiar a sua própria amiga.

Ele puxou uma cadeira e se juntou ao grupo. Durante a conversa que se seguiu, Sean se mostrou um homem envolvente e divertido, com um senso de humor afiado e histórias interessantes. Ele direcionava sua atenção a todos no grupo, participando da conversa geral com facilidade, mas seus olhos invariavelmente retornavam aos de Alexandra, com um brilho enigmático que a fazia questionar tudo o que ela pensava saber sobre ele. Ele não demonstrava um interesse óbvio ou desesperado, mas havia uma intensidade sutil em seu olhar, uma forma de se comunicar sem palavras que a deixava intrigada e, para sua própria surpresa, levemente encantada.

Depois de alguns minutos de conversa animada com o grupo, Sean se inclinou ligeiramente em direção a Alexandra, o som da música do bar abafando um pouco suas palavras.

Sean: Alexandra, posso te roubar por um instante? Preciso de uma opinião sobre um drink ali no bar.

Alexandra hesitou por uma fração de segundo, trocando um olhar rápido com suas amigas, que sorriem discretamente, já percebendo a dinâmica. Ela assente, curiosa para ver até onde ele iria com o "roubo".

Eles se levantam e caminham juntos até o bar, que estava movimentado, mas Sean encontra um pequeno espaço mais afastado. Ele se vira para ela, apoiando-se no balcão.

Sean: Estava pensando em algo diferente para beber. Você tem alguma sugestão? Ele a olha com um sorriso nos lábios, mas seus olhos carregam uma intensidade que vai além da simples pergunta sobre um drink.

Alexandra: Hmm, depende do seu humor. O que você está procurando?

Enquanto ela fala, uma mecha de seu cabelo ruivo cai sobre seu rosto devido ao movimento. Sem pensar, Sean estende a mão e, com um toque leve e quase casual, afasta a mecha para trás de sua orelha. O contato breve e inesperado faz com que um arrepio percorra a espinha de Alexandra.

Sean: Algo que combine com uma noite interessante. Algo... que deixe uma boa impressão.

Ele mantém o olhar fixo no dela, e Alexandra sente seu coração acelerar. O barulho ao redor parece diminuir, e o foco se concentra apenas nos dois.

Alexandra: Talvez um clássico? Um Dry Martini? É elegante e... deixa uma marca.

Sean: Uma excelente sugestão. Dois Dry Martinis, por favor.

Enquanto o bartender prepara os drinks, um silêncio confortável se instala entre eles. Sean se inclina um pouco mais perto, por conta do som do bar, e fala em seu ouvido, sua voz grave causando um leve tremor em Alexandra.

Sean: Você está linda hoje, Alexandra. Aquele vestido... te veste perfeitamente – internamente ele diz – que vestidinho ordinário, eu amaria arrancar desse corpo.

O elogio sussurrado a faz corar levemente. Ela sente o calor da respiração dele em sua orelha e um aroma sutil e masculino que ele exala, uma mistura intrigante de especiarias e algo mais, algo único dele.

Alexandra: Obrigada, Sean. Você também está... muito elegante – ela também pensou – elegante, um safado disfarçado de CEO, um veneno que eu gostaria de tomar, mesmo que me mate depois de...diversas goladas. – Inconscientemente morde o lábio deixando Sean mais louco ainda.

Ela evita o contato visual por um instante, – tomando ciência do que fez e do jogo perigoso que está entrando - pegando o drink que o bartender lhes oferece. Sean pega o seu e a acompanha até um canto um pouco mais reservado, onde há dois pequenos sofás de veludo. Eles se sentam lado a lado, seus ombros quase se roçando.

Sean: Então, Alexandra... além de ser especialista em comércio exterior e ter um ótimo gosto para drinks, o que mais te encanta na vida? A pergunta, feita em um tom suave e curioso, a pega de surpresa. Ele parece genuinamente interessado em conhecê-la além do ambiente profissional.

Alexandra: Há muitas coisas... Gosto de viajar, de ler, de passar tempo com meus amigos...

Enquanto ela fala, Sean coloca a mão levemente em seu braço por um breve instante, um toque suave e quase imperceptível, antes de retirá-la. O gesto, embora rápido, envia ondas de calor pelo corpo de Alexandra.

Sean: Viajar... Para onde você gostaria de ir agora?

E Alexandra apenas olhar para aquele homem tão .... envolvente, sedutor e diabólico ... é impossível resistir e inútil.