Sentei-me de frente para o advogado, tentando manter a voz firme, mas meu coração martelava no peito, eu sabia que aquela era a hora de perguntar, e esclarecer todas as dúvidas.
— Se não cumprirmos essas cláusulas do contrato, o que acontecerá com as empresas? — perguntei, encarando-o nos olhos.
Ele ajeitou os óculos, abriu a pasta e respondeu com frieza profissional:
— O patrimônio vai ser todo revertido para o Estado. E convenhamos, o Estado não estará nem um preocupado em manter as empresas, ou em salvar os empregos de milhares de famílias que dependem de vocês, os patrimônios viram verba pública, e não sabemos quais fins terá.
Aquela frase cortou meu coração como uma navalha. Respirei fundo, e o advogado prosseguiu:
— A proposta que o senhor Jano apresentou é sem dúvida, a mais sensata, pois ambos se casam. E por dois anos que é prazo suficiente para estabilizar a situação. Quem sabe, nesse tempo com a convivência, vocês até se possam se entender, e se apaixonem.
Meu olhar s