Sienna saiu do elevador deixando atrás de si uma rajada de perfume caro, e seus saltos repicavam com impaciência sobre o mármore brilhante.
Ia direto para o escritório de Grayson, mas foi impossível não notar o menino, que bloqueava sua passagem e olhava tudo como se nunca tivesse visto um prédio empresarial.
E claro, no mundo dela, nenhuma criança tinha direito de estar num lugar desses.
— Você o que está fazendo aqui? — soltou, cortante.
Oliver a olhou sem medo. Sua mãe tinha ensinado que não podia se deixar intimidar por adultos ruins.
E esta mulher era um adulto ruim.
— Vou ver meu papai — respondeu tranquilo, quase indiferente.
Sienna arqueou uma sobrancelha com desprezo.
— Seu papai? Aqui? Menino, você se enganou de lugar, vai procurar ele na área da limpeza ou na cafeteria... com certeza é o zelador ou o garoto do café...
Oliver respirou fundo e fechou suas mãozinhas.
— Não. Meu papai é o chefe. O que assina seus cheques e provavelmente, também sua carta de demissão.