O táxi freou com um chiado suave na frente da imponente entrada da Maxwell Industries. O prédio se erguia como uma muralha de vidro e aço que tocava as nuvens, refletindo o céu cinza da manhã.

Oliver se inclinou para frente e estendeu ao motorista uma nota cuidadosamente dobrada.

— Obrigado, senhor — disse com uma educação impecável que destoava com suas bochechas gordinhas e sua mochila de dinossauros.

O taxista pegou a nota e antes que abrisse a porta perguntou preocupado.

— Tem certeza de que vai sozinho?

— Sim, senhor. Não estou perdido — respondeu com um sorriso que parecia ensaiado, mas absolutamente encantador.

Suas perninhas pequenas desceram com firmeza e a mochila balançou nas costas enquanto avançava com determinação para as portas de vidro. Na mente dele, tudo estava cronometrado.

Um guarda de segurança o parou com o olhar assim que cruzou a soleira.

— Para onde vai, campeão?

Oliver parou e ergueu os olhos, seus olhos brilhavam com malícia.

— Desculpa, senhor. Cai