Alfonso Albuquerque
Encaro o cenário diante dos meus olhos, satisfeito com o resultado.
— Primo? — Eduardo, meu primo e proprietário do hotel me encara com um sorriso malicioso nos lábios.
— Estou em dívida contigo. — Eduardo assentiu acendendo o cigarro em seus lábios.
Seguimos até o interior do hotel, onde atravessamos uma passagem que dá acesso ao jardim interno do local.
— Sabe que não existe isso entre nós. — assenti — Somos família.
É verdade. Apesar da família não ser sinônimo de aconchego e harmonia, temos algo mais forte: lealdade.
— Confesso que quando a minha secretária me informou o seu pedido, cogitei ligar para o meu tio e descobrir em qual clínica você havia sido internado. — a fumaça dos lábios de Eduardo encontrou o ar sobre nossas cabeças — Porém… vendo com os meus próprios olhos, compreendo as suas ações.
Deslizo as mãos até os bolsos da minha calça e minha sobrancelha se ergueu em desafio.
— Ela é uma beleza. — Eduardo acrescentou.
— Não repita isto! — o