As emoções oscilavam intensamente, com altos e baixos ainda mais dramáticos do que Ângelo jamais experimentara!
- Como assim, acabou? - Severino folheava o caderno para frente e para trás, começando a bater no peito e a pisar forte, gritando. - Estávamos prestes a chegar na parte mais picante, e acabou? Quem é o autor, o traga aqui para ser castigado em público!
Ângelo, inconscientemente, se afastou um pouco, temendo ser acidentalmente ferido por ele.
Depois de revisar várias vezes o conteúdo do caderno, Severino finalmente percebeu e disse:
- Ângelo, os protagonistas dessa história não seriam você e sua esposa, por acaso?
Ângelo olhou friamente para ele.
- Quem mais seria?
- Então foi Íris quem escreveu? Isso que está descrito é real?
- Metade sim, metade não. - Disse Ângelo, serenamente.
Os eventos específicos do romance não ocorreram, mas o estado do casamento descrito, o modo como o casal interagia, era quase exatamente o mesmo.
Severino exibiu uma expressão deslumbrada, como se es