SEBASTIAN
O café da cidade tem O cheiro típico de grãos moídos na hora, misturado com o burburinho constante de vozes e o tilintar de xícaras. Estamos reunidos em uma mesa redonda, eu e alguns acionistas novos. O encontro é informal, mas os assuntos são sérios: projeções de lucros, metas ousadas, parcerias possíveis. Eu os ouço atentamente, ou pelo menos tento.
Do meu lugar, tenho uma vista ampla da rua através da parede de vidro. Pessoas atravessam de um lado para o outro, em passos apressados ou distraídos, e minha mente insiste em vagar para além do que é discutido diante de mim. De tempos em tempos, volto para o diálogo quando alguém me direciona uma pergunta. Um deles menciona um projeto no exterior — o mesmo sobre o qual meu pai me falou mais cedo, querendo que eu fosse ver de perto para estudar a parceria. Abro a boca para comentar, mas algo prende minha atenção.
Do lado de fora, entre os reflexos do vidro, um homem em uma moto parece olhar fixamente para mim. Ele usa c