KESIA MUNIZ
Acordei primeiro do que ele e fui para meu quarto. Até que agora, eu consigo ver que o Fellipo não é aquele cara ruim que eu achava no começo.
Hoje seria meu dia de folga no trabalho, passaria o dia todo com meu bebê, iria ao shopping, cinema, comeria pizza com minha família.
Tentei segurar o choro falhando miseralvelmente.
Olhei para a mais nova cicatriz do meu corpo. Minha perna estava quase sarada, não precisava mais das moletas para andar.
Tomei banho, usei uma calça jeans simples e uma camisa preta.
Sai do quarto para tomar café.
O dono da casa estava lá, arrumado, com o cabelo molhado e bem penteado. Usando terno preto e com o celular na mão.
Me sentei à esquerda dele.
— Bom dia. — Desejou sem tirar os olhos do aparelho.
— Precisamos conversar. — Respondi séria.
Lentamente, ele virou a cabeça para mim.
— Quer um presente de aniversário?
Ele sabe do meu aniversário?
— Não. — Neguei tentando não demostrar surpresa. — Quero saber se está proc