A porta se fechou atrás de Matteo com um clique suave e discreto. Mas para Natália, o som ressoou como o estrondo de uma explosão surda dentro do peito. Um som que não feria os tímpanos, mas dilacerava por dentro. O tipo de barulho que sela mais do que a madeira: sela decisões, silêncios, distâncias. Selava o que poderia ter sido… ou ainda poderia ser.
Ela permaneceu ali, parada, como uma estátua viva. O olhar fixo na madeira escura da porta, como se ainda pudesse ver o vulto dele do outro lado, como se pudesse tocá-lo apenas estendendo a mão. A respiração estava presa, curtíssima, e o coração batia em um compasso estranho, como se tivesse perdido o ritmo habitual.
Então veio a lágrima, uma única gota quente deslizando pela bochecha. Não era só tristeza, nem só arrependimento. Era uma mistura sufocante de medo, amor, confusão e saudade... mesmo que ele tivesse saído há menos de dois minutos.
Ela queria se mover, mas seu corpo parecia ter esquecido como se faziam gestos simples como ca