A manhã havia começado com um céu encoberto, típico de outono, e o clima parecia refletir perfeitamente o humor que pairava nos corredores da Medici Corporation. A sede da empresa, instalada no coração financeiro da cidade, vibrava com a expectativa da grande fusão com o conglomerado russo. Era o tipo de dia em que se esperava encontrar executivos andando de um lado para o outro, telefones tocando sem cessar, reuniões se acumulando em agendas lotadas. E, de fato, tudo seguia esse padrão – com exceção de Evan.
Evan Médici chegou às nove em ponto, como sempre fazia. Vestia um terno azul-escuro perfeitamente ajustado, o relógio de luxo discretamente preso ao punho esquerdo, os sapatos italianos refletindo o mármore polido da recepção. Ele não sorriu para os recepcionistas, não acenou para os colegas de outros departamentos. Apenas atravessou o saguão com passos firmes, olhos fixos à frente, como se o dia já estivesse decidido.
Foi no nono andar, ao sair do elevador, que Matteo e Pablo o