Nunca imaginei que um dia colocaria os pés em um lugar assim, o chão de mármore refletia as luzes douradas dos lustres gigantes, enquanto o som dos violinos preenchia cada canto daquele salão, como se cada nota quisesse me lembrar de que eu não pertencia àquele mundo.
Mas ali estava eu...
No meio dos maiores criminosos, dos homens mais poderosos e perigosos. E eu estava ao lado de um deles. Ou... talvez, do pior deles. Don Niklaus.
Minha mão repousava no braço dele, mas, por dentro, tremia. Só que não... não era medo. Era muito mais do que isso, era ansiedade, era nervosismo, era a sensação de que a qualquer segundo eu poderia fazer alguma besteira. E, mesmo assim, tinha um orgulho estranho queimando dentro de mim, porque ele me trouxe, mesmo quando ficou claro que não queria me expor a isso, que relutou até o último segundo, no fim... cedeu.
Olhei meu reflexo nas portas de vidro enquanto passávamos, quase não me reconheci, o vestido vinho, justo na medida, parecia ter sido de