Depois daquela manhã intensa, Melinda adormeceu no quarto. Ela estava exausta — e eu também, mas havia algo dentro de mim, inquieto. Como se um pedaço ainda estivesse preso naquele lugar escuro e precisasse... de respostas.

Desci sozinha pela escada da mansão, os degraus rangendo sob meus pés descalços. O vestido leve balançava com a brisa que entrava pelas janelas abertas. Um guarda me viu e apenas assentiu com a cabeça — ninguém ali parecia me ver como prisioneira. Pela primeira vez em muito tempo, eu me sentia segura.

Encontrei Don Niklaus na biblioteca, sentado em uma poltrona de couro, com um copo de uísque pela metade e a janela aberta à sua esquerda. A luz do fim da tarde criava sombras douradas em seu rosto. Havia sangue seco ainda em sua bota, mas ele estava limpo, com a camisa branca aberta no pescoço e as mangas dobradas.

Ele ergueu os olhos e me encarou.

Don Niklaus: Briana.

Briana: Posso… posso entrar? — perguntei, hesitante. Ele gesticulou com a mão, convidando