As mãos de Melinda tremiam tanto quanto as minhas enquanto ela colocava mais uma pedra no parapeito da janela. O sol já estava alto, mas não passava de um reflexo cruel naquele lugar onde o tempo parecia estagnado. Eu ainda sentia o gosto do sangue na boca. O tapa de Don Alexander não tinha deixado só uma marca na pele — ele tinha rompido algo por dentro.
Briana: Ele me bateu, Melinda — confessei em um sussurro trêmulo, sentando ao lado dela. — Me encostou com força, me ameaçou. Disse que vai me tomar, queira eu ou não.
Ela virou para mim como se o mundo tivesse parado. Por um segundo, achei que fosse gritar, mas ela apenas fechou os olhos com força, como quem tenta conter o mar de dentro.
Melinda: Desgraçado... — murmurou, entre os dentes. — Isso não pode continuar. Ele vai acabar com você, Briana. Com a gente.
Briana: Já acabou, Melinda — falei, encarando o chão. — Eu não sou mais a mesma desde que entrei aqui. Mas eu juro... ele não vai me tocar de novo. Nunca mais.
Ela seguro