77. A Fúria Depois da Queda
Gregório
Saio daquela maldita delegacia mil vezes pior do que entrei. Ainda não consigo acreditar em tudo o que ouço sobre a Brenda. Como ela consegue mentir dessa maneira? E o pior de tudo: como eu me deixo levar por ela? Entro no carro, e Rubens vem logo em seguida, falando sem parar no meu ouvido. Já estou sem paciência, e ouvir sua voz torna tudo ainda pior.
— Caralho! Será que dá pra calar a porra da boca, Rubens? — grito, tentando localizar o Carlo pelo celular.
— Gregorio, antes de ser seu advogado, também sou seu amigo. Só desejo o seu bem. Essa mulher te roubou, tentou matar o Jorge, e você quer jogar a tua ira em cima de mim, como se eu fosse o culpado por toda essa imundície? — diz Rubens, e fico ainda pior.
— Mas que caralho! Não percebe que estou nervoso nessa merda? Ainda não acredito que ela foi capaz de fazer tudo isso bem debaixo do meu nariz, sem que eu percebesse porra nenhuma! — grito, olhando para a estrada e lembrando de tudo o que passamos horas atrás. Como ela