76. A Caça
Brenda
Em frações de segundo, vejo toda a minha vida passar diante dos meus olhos. Saio das lembranças e devaneios com a voz firme e respondo ao maldito Estêvão:
— Gregório não pensa como você. Ele me ama de verdade e vamos nos casar em breve, goste você ou não!
— Casar? — o maldito gargalha. — Não me faça rir, belíssima. Meu afilhado é casado, e assim vai continuar até o dia em que eu permitir — diz ele, sorrindo.
Respondo de imediato, tremendo por dentro, mas sem demonstrar:
— Você está atrasado com as notícias. Ele já pediu o divórcio e, em breve, será um homem livre. Vamos nos casar, e ninguém vai nos impedir. Nem mesmo você, Dom Estêvão!
Ele aperta meu maxilar com força, empurrando minha cabeça para trás. O encaro fixamente, tomada por uma repulsa que se espalha pelo meu corpo. Ele aproxima o rosto do meu, me empurra contra a parede e deixa sua boca a milímetros da minha. Tento virar o rosto, mas ele segura com mais força, machucando minha boca por dentro, e diz, olhando fu