28. Queda, Segredos e Suspeitas
Gregório
Jorge disparou a arma por três vezes seguidas. Um dos tiros passou perto demais da minha cabeça, mas eu me esquivei no último segundo, e consegui escapar. Antes que eu pudesse reagir, vejo Jorge perdendo o equilíbrio e caindo. O corpo dele rolou escada abaixo, batendo violentamente nos degraus de mogno. Cada impacto fazia um som seco, até que ele atingiu o chão, inerte.
— Jorgeeee... Por Deus! — O grito de Tereza ecoou pelo saguão quando o viu caído, ensanguentado.
Ela tentou correr até ele, mas Alma, sua filha, segurou seu braço com firmeza.
— Não, mamãe! Em acidentes assim, devemos chamar os paramédicos e a polícia imediatamente.
Eu ainda estava agachado, tentando entender a gravidade do que havia acontecido. Estêvão se adiantou, pegou a arma da minha mão com um lenço e a guardou no bolso do sobretudo. Sua voz saiu fria:
— Ligue para Cristóvão. Ele vai saber como evitar problemas maiores com a polícia.
Praguejei baixinho. A última pessoa que eu queria ver era Cristó