117. A Verdade por um Fio
Delegacia — Rubens Paiva
— Sinta-se à vontade na sua nova casa, madame. Peço desculpas por não ser o palácio ou a mansão a que está acostumada. Mas é bom ir se adaptando, porque, ao que tudo indica, será sua moradia por muito tempo — diz Garcia com ironia, olhando para Brenda, sentada à sua frente, com o semblante sereno.
— É melhor ir com calma, detetive. Enquanto não houver provas concretas contra minha cliente, esta prisão é considerada arbitrária — afirmo, sério.
— Não sei que prova mais o senhor quer para aceitar a culpa da sua cliente pelos crimes de tentativa de homicídio. Sem falar no envolvimento com o tráfico de drogas. Não é mesmo, senhorita Ortiz? — provoca Garcia, e o interrompo de imediato:
— Ainda aguardamos fatos concretos que provem sua culpa, Garcia. E sobre o carregamento de cápsulas de cocaína em nome da Montreal Laticínios, este documento que apresento anula de imediato qualquer ligação da minha cliente com essa irregularidade — digo, entregando o papel em suas mã