Capítulo 27

BRANCA

Acordo com um susto por causa de um grito estridente.

— Quem é você e o que faz na minha cama, rapariga?

Acho que nunca ouvi alguém usando a palavra rapariga. É engraçado.

Meio sonolenta, encaro a pessoa na minha frente, enrolada no lençol como se eu fosse violá-la. Voz fina, esse jeitinho de virar a mão.

Um sorriso escapa do meu rosto ao acreditar que a reconheci.

— Flor?

Ela aponta o dedo para mim, acusadora.

— Como me conhece? Quem é você?

Bingo. É a personalidade feminina.

— É uma longa história.

Ele/ela olha de mim para o seu corpo nu enrolado apenas no lençol.

— Você... você tocou em mim? — sua voz é uma mistura de nojo e pavor. — Oh god! Diz que não.

— Em você não — ela começa a mostrar alivio —, no Florian. Toquei muito no Florian, e ele gostou — provoco.

Achei que seria estranho lidar com essa personalidade, mas a verdade é que sinto que será divertido.

Ela simula ânsia de vômito e aponta novamente na minha direção.

— Que nojo! Sai daqui. Sai do meu quarto, sua pirigue
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