AIDEN
Enquanto eu me movia pela sala, sentia o olhar dela seguindo cada um dos meus passos e, por algum motivo perverso, isso me fazia sorrir. Meu coração se aquecia ao perceber que ela me olhava, em vez de simplesmente me ignorar.
Ao fechar a gaveta e começar a caminhar em direção à porta, as palavras dela me pararam.
— Você pode vir dormir aqui.
Meu coração disparou como se estivesse numa maratona instantânea. Será que eu tinha ouvido direito?
Virei-me para ela. Havia algo naquele olhar encantador enquanto ela me fitava. Culpa? Compaixão? Eu não conseguia identificar exatamente o que era.
Ela estava sentada no centro da cama, com o cobertor caído sobre a metade inferior do corpo. Ainda não tinha se deitar, mas seu cabelo já se encontrava num belo estado de desordem.
Provavelmente, ela havia tomado banho, pensei. Parecia mais limpa e fresca do que quando eu deixara a sala, e seu cabelo não estava mais preso naquele rabo de cavalo frouxo que mantivera desde o desafio.
Deve ter perc