AIDENCom o tempo, o caso de Amie ganhou grande atenção da mídia. Todos os canais de notícias exibiam a foto da pobre menina enquanto falavam de sua morte trágica e de como todos os responsáveis deveriam ser punidos severamente.No meio de toda essa comoção, o foco da imprensa passou de Amie para Sharon e para mim. De alguma forma, vazaram informações sobre nosso casamento e a falsa gravidez dela.Comecei a receber ligações de vários números desconhecidos, com perguntas absurdas, todos em busca de algo direto da fonte. Acabei trocando o chip do meu celular pelo do meu assistente. Se houvesse algo importante, ele me repassaria. Eu estava farto daquelas ligações incessantes.Quando Sharon teve alta e foi levada de volta à delegacia, havia uma multidão de repórteres na porta.Os policiais a escoltavam, mas isso não impediu que os jornalistas gritassem perguntas:— Você realmente fingiu uma gravidez, Sra. Aiden?— A senhora ainda é uma mulher casada?— Onde está seu marido? Ele ainda te am
PONTO DE VISTA DO AUTORAssim que ouviu aquelas palavras, Aiden não pensou duas vezes antes de sair do tribunal.O coração de Sharon se despedaçou ao ver Aiden se afastando, tempestuoso. Será que ele a desprezava tanto a ponto de não suportar assistir ao seu julgamento? Uma lágrima solitária escapou pelo seu rosto, e ela a limpou rapidamente antes que seu pai percebesse.Mais cedo, ele havia dito:— Chega, Sharon. Não chore por homens como ele.Mas isso foi depois de tê-la repreendido por tudo o que ela havia feito.— Já houve uma decisão, Sr. Aiden? Vai pagar a fiança da sua esposa?As perguntas lançadas não chegaram nem a registrá-lo. Aiden simplesmente atravessou o estacionamento e entrou no carro, saindo velozmente do tribunal.No caminho para o hospital, ele ligou para sua equipe de segurança, que o seguia de perto desde que ele havia saído.— Anastasia acabou de fugir do sanatório. Quero que encontrem ela — ordenou. — Vou enviar uma foto agora.— Entendido — respondeu um dos segu
PONTO DE VISTA DO AUTOR— Pare! — A voz de Ana falhou quando ela gritou para o motorista do táxi.Naquele instante, tudo dentro dela pareceu desmoronar. Ela virou-se para trás, o pavor estampado no rosto.— O que foi que eu fiz? — murmurou, com a respiração trêmula, enquanto abria a porta do carro às pressas e tropeçava para fora, com as pernas bambas.— Dennis! — gritou ao cair de joelhos no chão duro, com os olhos fixos no carro destruído. — Por favor, não... — sussurrou, com as lágrimas caindo em seu rosto. — Dennis, por favor, esteja vivo.Rastejando-se até o carro retorcido, tentou ver através dos estilhaços e da sombra no interior do veículo, mas tudo era escuridão. Suas lágrimas aumentaram.— Por que eu fugi? Por que não esperei por ele? — soluçou.Limpando o rosto com as costas da mão, ela sussurrou:— Eu prometo... — fungou. — Eu prometo que não vou mais atrás da Amie, Dennis. Por favor, só... saia daí, por favor...Ela se lembrava vagamente das palavras de Dennis, dizendo que
PONTO DE VISTA DO AUTORSharon foi declarada inocente de envolvimento direto na morte de Amie, mas culpada por conspiração. Teve sorte de conseguir uma sentença mais leve, uma pena reduzida. Seu advogado garantiu isso, graças à influência de seu pai.Apesar da decepção com as escolhas da filha, ele não a abandonaria, ela ainda era sua herdeira, a única digna de continuar o legado da família.Enquanto Sharon cumpria sua pena, contando os dias para sair dali, recebeu os papéis do divórcio.Naquela manhã, Sharon sentiu que o frio era incomum para a estação. Sua cela parecia menor, sufocante. Encostou a cabeça nas grades, tentando respirar melhor, quando uma agente penitenciária a chamou.Foi levada para uma sala com uma mesa de ferro. Ali, sobre a mesa, repousavam os documentos de divórcio e uma caneta.O motivo pelo qual Sharon havia se envolvido em todas aquelas tramoias era para evitar que Aiden a deixasse. Ironicamente, tudo terminou exatamente como ela temia — só que pior.Seus olhos
PONTO DE VISTA DO AUTORAna suspirou profundamente ao entrar no quarto de Dennis e se sentar ao lado dele. Tirou um livro da bolsa e começou a ler.De vez em quando, pegava o celular para ver o Justin dormindo ou brincando pela casa enquanto a babá cuidava das tarefas, ou o via todo enroscado em um dos sofás, com um livro nas mãos e de olho no pequeno.Aquilo já tinha virado uma espécie de rotina para Ana.Nos dias em que passava a noite no hospital, saía cedo para cuidar de Justin e depois voltava. Sempre ao lado de Dennis, seus dedos quentes entrelaçados aos dele, frios e imóveis, ela lia.Dennis ainda estava em coma e, a cada dia que passava, o medo de Ana só aumentava... o medo de que ele permanecesse assim até o fim. Tudo por culpa dela.Ela queria vê-lo abrir os olhos e olhá-la com aquele amor que ele sempre teve por ela. Precisava dizer o quanto o amava e era grata por tê-lo em sua vida. Mas, acima de tudo, precisava pedir perdão.Tinha sido egoísta, achando que sua dor era maio
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e afrouxei a gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, algo que e