PONTO DE VISTA DO AUTOR
— Pare! — A voz de Ana falhou quando ela gritou para o motorista do táxi.
Naquele instante, tudo dentro dela pareceu desmoronar. Ela virou-se para trás, o pavor estampado no rosto.
— O que foi que eu fiz? — murmurou, com a respiração trêmula, enquanto abria a porta do carro às pressas e tropeçava para fora, com as pernas bambas.
— Dennis! — gritou ao cair de joelhos no chão duro, com os olhos fixos no carro destruído. — Por favor, não... — sussurrou, com as lágrimas caindo em seu rosto. — Dennis, por favor, esteja vivo.
Rastejando-se até o carro retorcido, tentou ver através dos estilhaços e da sombra no interior do veículo, mas tudo era escuridão. Suas lágrimas aumentaram.
— Por que eu fugi? Por que não esperei por ele? — soluçou.
Limpando o rosto com as costas da mão, ela sussurrou:
— Eu prometo... — fungou. — Eu prometo que não vou mais atrás da Amie, Dennis. Por favor, só... saia daí, por favor...
Ela se lembrava vagamente das palavras de Dennis, dizendo que