Os dias seguintes trouxeram um silêncio diferente para a mansão.
Dorian passou a sair cedo, ignorando o café da manhã e mergulhando no trabalho como se o escritório fosse o único lugar seguro para estar.
Francine, no início, tentou manter a proximidade: enviava mensagens curtas, perguntava sobre o dia, fazia comentários leves para arrancar alguma reação.
As respostas, no entanto, eram sempre as mesmas:
“Muito trabalho hoje”
“Cansado demais pra conversar”
Nenhum detalhe, nenhum espaço para continuar a conversa.
Quando a frieza começou a se repetir, ela procurou Malu, largando o celular na mesa com um suspiro frustrado.
— Eu juro que não entendo… ele simplesmente mudou do nada. — A voz dela soava mais confusa que magoada. — Não sei o que aconteceu, Malu.
Malu ouviu com atenção enquanto Francine contava, de braços cruzados e expressão meio impaciente, como Dorian vinha se afastando.
— Olha, Fran… se você largar de mão agora, aí que ele vai se afastar de vez. — Malu apoiou o queixo na mão