Francine estava tão exausta que adormeceu ainda apoiada no peito de Dorian.
O som do coração dele preenchia o silêncio do hospital, e por algum tempo o mundo pareceu em paz.
Até o celular começar a vibrar sobre a mesinha de apoio.
Francine abriu um olho, se levantou ainda preguiçosa, e pegou o aparelho.
— É o Cassio. — murmurou, estendendo o telefone para Dorian.
Ele resmungou alguma coisa sobre “nem no hospital ter sossego”, mas atendeu.
Assim que o viva-voz foi ativado, a voz debochada de Cassio preencheu o quarto:
— Finalmente! Olha só quem resolveu voltar à civilização: o senhor super-herói em pessoa! E aí, como foi o resgate? A Francine tá bem? Diz que sim, preciso pegar o contato da Malu antes que ela me esqueça.
Francine abriu um sorriso preguiçoso.
— Seu chefe quase morreu e você tá preocupado com mulher?
Do outro lado da linha, houve um breve silêncio.
— Como assim quase morreu? — Cassio perguntou, já com outro tom.
Dorian soltou uma risadinha cansada.
— É uma longa história,