Francine hesitou por um segundo diante do homem com a câmera pendurada no pescoço.
Ele tinha cabelos escuros e ondulados, levemente desgrenhados, que caíam sobre a testa de maneira despretensiosa, mas charmosamente calculada.
Os olhos eram profundos, intensos, capazes de prender a atenção sem esforço, e os lábios, firmes mas sensíveis, pareciam esconder um sorriso constante.
Havia algo nele que lembrava uma mistura de sofisticação e casualidade, um tipo de elegância que não precisava de roupas caras para se destacar.
Quando levantou os olhos da tela da câmera, Francine percebeu o efeito quase hipnotizante daquele olhar.
— Então você é a tal Francine… — disse Lohan, a voz baixa e carregada de sotaque francês.
Não soava como uma pergunta, mas como se já tivesse visto o suficiente para afirmar.
Ela ajeitou a postura, meio sem jeito.
— A tal?
O fotógrafo sorriu de lado, inclinando levemente a cabeça como quem estudava uma obra de arte.
— A mulher que dominou o desfile