Malu acordou sobressaltada, com aquela sensação ruim no peito. Algo estava diferente.
Ela se virou para a cama ao lado, a de Francine, e o vazio a atingiu como um soco.
A cama estava arrumada, perfeita demais, sem qualquer sinal de quem costumava dormir ali.
Apenas alguns papéis cuidadosamente colocados sobre o travesseiro.
Apressada, correu para a cozinha, esperando encontrar Francine tomando café ou ajeitando algo, mas só havia alguns funcionários distraídos com a rotina matinal.
Um frio subiu pela espinha de Malu. Algo havia acontecido, e ela não sabia o que.
Voltou para o quarto, o coração batendo descompassado.
Quando abriu o guarda-roupa, a confirmação veio: uma boa parte das roupas de Francine havia desaparecido.
A mala que ela sempre deixava no topo, pronta para qualquer viagem, também não estava.
Malu sentiu o aperto aumentar, o pensamento disparando:
"Francine… o que você está aprontando?"
Seus olhos então pousaram sobre os papéis na cama. Cartas,